Ilhas que vão além do Combu e são opções de lazer ainda desconhecidas

Quando se pensa no lazer e diversão que são proporcionados nas ilhas de Belém, muitos se lembram, de imediato, da ilha do Combu, a mais conhecida das que circundam a capital paraense. Mas do outro lado do rio Guamá há lugares pouco conhecidos e ainda não explorados, como as ilhas do Papagaio, do Maracujá, Murutucum, ilha Grande e comunidade Boa Vista, que pertence ao município do Acará, mas é tão próxima que quase pode ser considerada parte de Belém.
Se os destinos dos visitantes são outros, o ponto de saída continua sendo o porto da praça Princesa Isabel, no bairro da Condor. Em poucos minutos de travessia de barco, o visitante entra em contato com uma natureza exuberante, muita tranquilidade e vai aproveitar a culinária típica amazônica ofertada em bares e restaurantes localizados às margens dos rios e furos que cortam essas ilhas.
https://www.youtube.com/watch?v=71MVyvYWBcE&feature=youtu.be

Boa Vista – “Quando os visitantes chegam aqui fazem festa, eles dizem que eu sou a estrela do turismo, mas não concordo. Acho que gostam da forma como brinco com eles, e ‘tiro graça’. Ficam impressionados também quando subo no açaizeiro e faço isso todos os dias para apanhar açaí”, conta ‘seu’ Ladir, de 77 anos, morador da comunidade de Boa Vista, desde que nasceu. Ladir é um senhorzinho simpático, que conduz visitantes pelo terreno da família, há mais de 20 anos, e sempre com sorriso no rosto.
Pela trilha que preserva, ele mostra plantas medicinais e ensina o que precisa ser extraído de cada uma para fazer remédios naturais. “Essa aqui é a pião branco. Nós pegamos o leite dessa planta, esfregamos bem até formar uma pomada e passamos em feridas”, ensinou seu Ladir, enquanto caminha pelo terreno.

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Seu Ladir em frente a samaumeira centenária que fica em seu terreno.
Explorando ainda mais o local, chegamos a samaumeira centenária. ´Seu’ Ladir senta nas imensas raízes da árvore e conta histórias de quando era criança. “Quando eu era criança, nossa casa ficava aqui onde agora passa a trilha. Ficava um bando de moleque brincando aqui”, relembra.
A comunidade de Boa Vista também é a casa da dona Vera, de 54 anos, que tem dentro de sua casa um espaço de venda de produtos extraídos da ilha. O principal deles é o chocolate em barra 100% cacau, assim como nibis (pequenos pedaços de amêndoa de cacau torrados e triturados) produzidos por ela mesma. Além disso, Dona Vera vende artesanato e óleos retirados de árvores amazônicas. “Nós também vendemos o óleo de andiroba e copaíba que são usados como cicatrizantes, o breu branco, que serve para fazer colônia. Temos cheiro do Pará, a priprioca e mel de abelha”, falou orgulhosa.
Outras ilhas – Percorrendo os caminhos do rio encontramos as ilhas do Papagaio, Maracujá, Murutucum e Grande que são cortadas por furos e guardam paisagens raras. Antes de amanhecer o dia, pelas águas calmas da baía do Guajará, se chega à ilha dos Papagaios, que faz jus a esse nome, por abrigar milhares de pássaros dessa espécie.

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Detalhes da Ilha do Papagaio.
Quando os primeiros raios de sol alcançam a ilha começa o espetáculo. As aves saem do ninho, sobrevoando o local de forma cadenciada e não se ouve mais, além do barulho feito por eles, é como se estivessem agradecendo pelo dia que está nascendo. É possível assistir a esse espetáculo ao final do dia, também, quando eles voltam para casa.
Pertinho da ilha dos Papagaios estão o furo e a ilha do Maracujá. Durante o caminho pelo furo do Maracujá, a névoa sobre a água traz um ar de mistério para o furo, o barulho da floresta nativa fica mais audível e os olhos atentos a tudo que está em volta, possibilitando admirar uma paisagem diferente a cada raio da luz do sol que escapa por entre as árvores.
Restaurantes – Na ilha do Murutucum e Grande, os restaurantes Ilha Branca e A Ilha são a pedida e proporcionam um contato mais intimista para os visitantes, por ficarem um pouco mais afastados de Belém.
O furo São Benedito é um dos locais onde se localizam restaurantes rústicos e com uma cozinha muito peculiar e saborosa. O furo da Paciência divide as ilhas do Combu e Murutucum, e nesse local os bares, restaurantes ao longo do furo atraem dezenas de visitantes.
Navegando pelo furo da Paciência, as casas coloridas dos ribeirinhos revelam o projeto Street River, a primeira galeria a céu aberto da Amazônia, grafitadas por dezenas de artistas de várias regiões do Brasil. Eles retrataram por meio do grafite o modo de vida das comunidades ribeirinhas.
Confira alguns dos bares e restaurantes que você pode encontrar nas ilhas e furos:

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Restô da Márcia (furo São Benedito)
Dias de funcionamento: de terça-feira a domingo, feriado e todos os dias do mês de julho.
Horário: das 11h às 18h
Contato para reserva: (91) 98899-4596
Instagram: @restodamarcia

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Bar e restaurante A Ilha (furo São Benedito)
Dias de funcionamento: sábado, domingo, feriados e todos os dias do mês de julho.
Horário: às 10h às 18h
Contato para reserva: (91) 98522-7136
Instagram: @barerestauranteailha

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Restaurante Ilha Branca (ilha do Murutucum):
Dias de funcionamento: sexta-feira, sábado, domingo e feriados
Horário: das 10h às 18h
Contato para reserva: (91) 98509-2501/ Wpp (91) 98490-7652
Intagram: @ilhabranca

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Bar do Boá (furo da Paciência):
Dias de funcionamento: quinta-feira  domingo e em todos os dias das férias de julho.
Horário: das 10h às 18h
Contato: 98049-4471
Instagram: @bar_doboa

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Restô da Ilha (furo da Paciência)
Dias de funcionamento: sábado, domingo, feriados e todos os dias do mês de julho.
Horário: das 10h às 18h
Contato para reserva: (91) 99814-6726/ Wpp (91) 99244-3256
Facebook: Restô da Ilha
SERVIÇO:
Os barcos partem a partir das 9h, diariamente, da praça Princesa Isabel. A travessia dura em média de 10 a 15 minutos e custa de R$ 7 a R$10 por pessoa.
A praça Princesa Isabel possui área para estacionamento dos visitantes.
Para fazer um passeio de 1 hora no local para conhecer a região é cobrado outro valor, que pode ser negociado, diretamente com o barqueiro, quando são mais de 4 passageiros.
Os restaurantes funcionam, geralmente, de terça-feira a domingo, das 10h às 18h.
Cooperativa dos Barqueiros: (91) 99102-3725
ILHA DO PAPAGAIO

Para ir às ilhas, evite sapatos de saltos altos e leve roupa de banho. Aproveite a visita para um mergulho no rio.Fonte:Agência Belém

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